sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Paises competem

Mês passado discuti com estudantes brasileiros e estrangeiros um case de Harvard sobre o governo Dilma, o Brasil e a OMC (Brazil: leading de BRICS? - Brasil: liderando os BRICS?). Neste paper os autores questionam as ações do Brasil em relação à Merck e o caso do algodão. Os autores questionam a motivação brasileira em questionar o subsídio do algodão nos EUA, quando o governo brasileiro subsidiaria as fazendas locais com o Embrapa e BNDEs. Questionam também se um país de renda média pode questionar o pagamento de licenças a um laboratório que fez fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produto. Bem, todo lado tem sua perspectiva sobre o assunto. O fato é que o governo Brasileiro, em especial o governo Dilma, se posicionou como um país que compete. Países competem entre si. Mas, há regras de comércio internacional que devem ser respeitadas. No caso da União Europeia, questionamos o subsídio à agricultura local. Digamos que eles não seguem suas próprias regras.  Mas, a pergunta que se coloca é se a competição de nossas empresas precisa ser protegida por mecanismos fiscais? E, no caso em específico, estamos favorecendo montadoras que não são de capital nacional e sequer divulgam o Balanço de suas atividades no Brasil (exceção à FIAT). Quer me parecer que neste caso em específico, não fizemos uma boa escolha. Muito embora eu entenda e defenda a atuação forte do Estado Brasileiro na defesa dos interesses locais.

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