Me dá um certo nervoso verificar como o Estado Brasileiro age pontualmente. A ausência de planejamento e de projeto se faz marcar por ações isoladas e descontextualizadas. Desta forma, o conjunto da população não vê sentido nestas ações e sente-se roubada alimentando rancores e ampliando distâncias sociais e políticas.
Meu desconforto está relacionado com a opção por faixas de ônibus sem quaisquer esforços de comunicação com a comunidade paulistana para que esta compreenda o sentido desta ação, com o aumento do IPTU em um momento em que a base de arrecadação do município está aumentando (pois aumenta a participação do setor de serviços no PIB) e com o aumento do IOF para cartões de débito no exterior entre outras.
Vamos ponto a ponto. Mas, antes de mais nada, devo dizer que não há partido político que me represente!
A ideia de criar faixas de ônibus é apropriada do ponto de vista econômico. Não temos recursos para a compra de mais ônibus (na verdade não desejamos tirar recursos de outras ações públicas para adquirir novos veículos de uso coletivo) e cada ônibus faz poucas viagens por dia em função do trânsito. Assim, as linhas exclusivas permitem que os ônibus trafeguem rapidamente e um mesmo veículo pode fazer mais viagens ao longo do dia. Há ganhos também se pensarmos em ambulâncias. Estas podem, ao usar as faixas de ônibus, transitar mais rapidamente salvando vidas. Claro está que há um custo nesta escolha: os carros vão andar mais lentamente (para não dizer que vamos ficar parados muito tempo no trânsito)! A ideia é melhorar o ônibus e piorar o carro de forma e induzir a população a refazer suas escolhas. Escolha refeita significa deixar de comprar o carro ou deixá-lo na garagem para usar ônibus. Parece bastante razoável, não? Mas, a vida em cidade não pode ser resumida a escolhas econômicas (sim, eu estou falando isso...). Não usar a imprensa ( e não venham me dizer que a imprensa é vendida! Afinal, a conta do governo para agências de publicidade e mídia é bastante significativo e quando há REAL intenção do governo em propagandear-se isso ocorre) para esclarecer a população e ouvi-la impede o governo de corrigir erros na implementação da ideia. Penso nos locais onde a faixa exclusiva não faz sentido como a Marginal. Eu mesma não compreendo o sentido daquela faixa exclusiva.
O aumento do IPTU também foi uma escolha. Escolha no sentido de que poderíamos optar por melhorar a eficiência na arrecadação e no gasto! Não fiz o estudo, mas desconfio que a receita de ISS não cresceu na mesma velocidade em que se expandiu o setor de serviços na cidade de São Paulo. Um esforço maior de arrecadação e de gasto antes de um aumento no IPTU seria muito agradável. Para piorar o aumento do IPTU está relacionado aos preços elevados dos imoveis. Bem, algumas pessoas residem nestes imóveis há anos! Ter patrimônio não é o mesmo que ter renda. O aumento do imposto expulsa estas pessoas de suas moradias. O ideal seria aplicar um imposto maior no momento da venda do imóvel. Mas, uma ação desta inibiria o mercado imobiliário impedindo que alguns comprem imóveis mais caros e venda os mais baratos para aqueles que iniciam suas vidas.
E agora o aumento do IOF para cartão de débito. Bem, ao carregar dólares no cartão de débito compramos a moeda estrangeira pelo câmbio turismo que já é mais caro que o cambio comercial que é utilizado no cartão de crédito. Desta forma, não havia diferença significativa entre o cartão de débito e o de crédito. A diferença residia no risco de variação cambial, em prejuízo para o cartão de crédito. Como houve um aumento no uso do cartão de débito, o que é natural pois estava se popularizando, o governo entendeu que não estava conseguindo inibir as compras no exterior e que havia uma válvula de escape. Bem, como o custo em moeda nacional era praticamente o mesmo usando cartão de débito ou de crédito (sem variação cambial) o argumento não se sustenta! Olharam o urubu e atiraram na andorinha! Os gastos no exterior se explicam pela ENORME DIFERENÇA DE PREÇOS E QUALIDADE!!!!!!!!!!!! Reduza o imposto de importação, aumente a competição e os preços locais ficam mais próximos dos preços internacionais estimulando gastos no país. Afinal, aqui temos a possibilidade de parcelamento da compra que não encontramos no exterior. Mas, enquanto um X-Box novo custar no Brasil o equivalente a uma viagem a Miami com a compra do X-Box, vamos viajar para comprar!!!!!!! Qual a dúvida?
Bem, ações como estas mostram que não há planejamento tributário apenas emergências de gasto pré eleição. Isso não é nem de perto o que podemos chamar de Estado Desenvolvimentista. É Estado Oportunista!
Meu desconforto está relacionado com a opção por faixas de ônibus sem quaisquer esforços de comunicação com a comunidade paulistana para que esta compreenda o sentido desta ação, com o aumento do IPTU em um momento em que a base de arrecadação do município está aumentando (pois aumenta a participação do setor de serviços no PIB) e com o aumento do IOF para cartões de débito no exterior entre outras.
Vamos ponto a ponto. Mas, antes de mais nada, devo dizer que não há partido político que me represente!
A ideia de criar faixas de ônibus é apropriada do ponto de vista econômico. Não temos recursos para a compra de mais ônibus (na verdade não desejamos tirar recursos de outras ações públicas para adquirir novos veículos de uso coletivo) e cada ônibus faz poucas viagens por dia em função do trânsito. Assim, as linhas exclusivas permitem que os ônibus trafeguem rapidamente e um mesmo veículo pode fazer mais viagens ao longo do dia. Há ganhos também se pensarmos em ambulâncias. Estas podem, ao usar as faixas de ônibus, transitar mais rapidamente salvando vidas. Claro está que há um custo nesta escolha: os carros vão andar mais lentamente (para não dizer que vamos ficar parados muito tempo no trânsito)! A ideia é melhorar o ônibus e piorar o carro de forma e induzir a população a refazer suas escolhas. Escolha refeita significa deixar de comprar o carro ou deixá-lo na garagem para usar ônibus. Parece bastante razoável, não? Mas, a vida em cidade não pode ser resumida a escolhas econômicas (sim, eu estou falando isso...). Não usar a imprensa ( e não venham me dizer que a imprensa é vendida! Afinal, a conta do governo para agências de publicidade e mídia é bastante significativo e quando há REAL intenção do governo em propagandear-se isso ocorre) para esclarecer a população e ouvi-la impede o governo de corrigir erros na implementação da ideia. Penso nos locais onde a faixa exclusiva não faz sentido como a Marginal. Eu mesma não compreendo o sentido daquela faixa exclusiva.
O aumento do IPTU também foi uma escolha. Escolha no sentido de que poderíamos optar por melhorar a eficiência na arrecadação e no gasto! Não fiz o estudo, mas desconfio que a receita de ISS não cresceu na mesma velocidade em que se expandiu o setor de serviços na cidade de São Paulo. Um esforço maior de arrecadação e de gasto antes de um aumento no IPTU seria muito agradável. Para piorar o aumento do IPTU está relacionado aos preços elevados dos imoveis. Bem, algumas pessoas residem nestes imóveis há anos! Ter patrimônio não é o mesmo que ter renda. O aumento do imposto expulsa estas pessoas de suas moradias. O ideal seria aplicar um imposto maior no momento da venda do imóvel. Mas, uma ação desta inibiria o mercado imobiliário impedindo que alguns comprem imóveis mais caros e venda os mais baratos para aqueles que iniciam suas vidas.
E agora o aumento do IOF para cartão de débito. Bem, ao carregar dólares no cartão de débito compramos a moeda estrangeira pelo câmbio turismo que já é mais caro que o cambio comercial que é utilizado no cartão de crédito. Desta forma, não havia diferença significativa entre o cartão de débito e o de crédito. A diferença residia no risco de variação cambial, em prejuízo para o cartão de crédito. Como houve um aumento no uso do cartão de débito, o que é natural pois estava se popularizando, o governo entendeu que não estava conseguindo inibir as compras no exterior e que havia uma válvula de escape. Bem, como o custo em moeda nacional era praticamente o mesmo usando cartão de débito ou de crédito (sem variação cambial) o argumento não se sustenta! Olharam o urubu e atiraram na andorinha! Os gastos no exterior se explicam pela ENORME DIFERENÇA DE PREÇOS E QUALIDADE!!!!!!!!!!!! Reduza o imposto de importação, aumente a competição e os preços locais ficam mais próximos dos preços internacionais estimulando gastos no país. Afinal, aqui temos a possibilidade de parcelamento da compra que não encontramos no exterior. Mas, enquanto um X-Box novo custar no Brasil o equivalente a uma viagem a Miami com a compra do X-Box, vamos viajar para comprar!!!!!!! Qual a dúvida?
Bem, ações como estas mostram que não há planejamento tributário apenas emergências de gasto pré eleição. Isso não é nem de perto o que podemos chamar de Estado Desenvolvimentista. É Estado Oportunista!