segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

PERSPECTIVAS - I

Não há como pensar em perspectivas para a economia brasileira em 2014 sem olharmos o cenário externo. De meu ponto de vista, há cinco questões relevantes em se tratando da economia mundial:


  1. Comportamento da Economia Americana
  2. Continuidade da política monetária do FED: Teria o mercado já precificado este evento?
  3. Desempenho da Economia Européia
  4. Continuidade do crescimento Chinês
  5. Nova matriz energética - xisto: Impacto significativo?


Há opiniões divergentes acerca da recuperação americana. Alguns analistas, e entre estes um premio Nobel, não acreditam na reação e melhora de desempenho dos EUA. Para os mais pessimistas, a queda no desemprego se deve ao fato de que as pessoas pararam de procurar postos de trabalho. Nos EUA há mais de um indicador de desemprego, como no Brasil. Um dos indicadores chamado U6 indica queda consistente no desemprego. Mas, os dados de emprego não apontam um aumento. De onde se conclui que a recuperação americana pode ser um evento por vir.
De qualquer forma, no ano de 2014 haverá uma mudança na condução do FED. Não sabemos se a troca de presidente implicará em mudança na condução da política monetária. Mas, ao longo de 2013 observamos a agitação do mercado frente a esta possibilidade. Essa agitação resultou em mudanças significativas, mas, não sabemos e não temos como saber se o mercado já precificou uma possível alteração dos juros norte americanos.
A Europa constitui ainda fonte significativa de preocupação. Parceira comercial importante para o Brasil, a União Européia parece não ter superado a crise ou criado mecanismos para enfrentá-la. Paquidérmica, se move lentamente enfrentando suas diferenças na busca persistente da construção de uma união de fato. Mas, percebemos o quanto há para se fazer. A responsabilidade de fiscalizar bancos e garantir seu funcionamento adequado ou mesmo cobrir prejuízos em casos necessários é a discussão do momento. Não há indicadores que possam sugerir a superação da crise e, portanto, a estagnação nos parece ser a melhor aposta.
Quanto à China, sua pujança parece assegurada, muito embora a velocidade de seu crescimento tenha diminuído. Há forte possibilidade de especulação sobre o futuro da economia chinesa. A desconfiança decorrente da dificuldade de obtenção de informação confiável será fonte de incerteza e alimentará expectativas. Mas, os dados e informações sobre o desempenho Chinês nos permitem afirmar que a China permanecerá crescendo a um ritmo menor, mas relevante. 

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