segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Aracruz

A EMPRESA
A Aracruz Celulose é uma empresa brasileira, líder mundial na produção de celulose branqueada de eucalipto. Responde por 24% da oferta global do produto, destinado à fabricação de papéis de imprimir e escrever, papéis sanitários e papéis especiais de alto valor agregado.
Sua capacidade nominal de produção, de aproximadamente 3,2 milhões de toneladas anuais de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto, está distribuída pelas Unidades Barra do Riacho - ES (2,3 milhões de t), Guaíba - RS (450 mil t) e Veracel - BA (450 mil t, ou metade da capacidade total da unidade).
No Espírito Santo, opera um complexo industrial constituído de três fábricas de celulose, totalmente integrado aos plantios e a um porto privativo especializado, Portocel, através do qual exporta grande parte da sua produção de 2,3 milhões de toneladas anuais. O controle ambiental das fábricas é assegurado por modernos sistemas de tratamento de emissões, efluentes e resíduos sólidos.
A Unidade Guaíba, localizada no município de Guaíba (RS), opera uma fábrica com capacidade nominal de 450 mil toneladas anuais de celulose, de alta tecnologia e igualmente dotada de avançados recursos de proteção ambiental. A unidade destina parte desse volume à produção de cerca de 50 mil toneladas anuais de papel para imprimir e escrever, basicamente destinadas ao mercado doméstico.
Um terceiro complexo fabril - a Veracel Celulose, com capacidade nominal de 900 mil toneladas anuais de celulose - está situado no município de Eunápolis, no sul da Bahia. Trata-se de uma parceria da Aracruz com o grupo sueco-finlandês Stora Enso, em que cada empresa detém 50% de participação acionária e da produção.
Em associação com o grupo Weyerhaeuser dos EUA, a Aracruz detém um terço da Aracruz Produtos de Madeira, uma unidade industrial de alta tecnologia localizada no extremo-sul da Bahia, que fornece produtos sólidos de madeira de alta qualidade provenientes de plantios renováveis de eucalipto, destinados às indústrias de móveis e design de interiores, do Brasil e do exterior.
O controle acionário da Aracruz é exercido pelos grupos Safra, Lorentzen e Votorantim(28% do capital votante cada) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (12,5%). As ações preferenciais da Aracruz (56% do capital), são negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (Bovespa), Madri (Latibex) e Nova York (NYSE).
A Aracruz é a única empresa no mundo do setor de produtos florestais e papel que integra o Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI World) 2007, que destaca as melhores práticas em sustentabilidade corporativa no mundo. Na Bovespa, inclui-se entre as 34 empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
Dados atualizados em 7 de fevereiro de 2008 .
O COMUNICADO
“A Aracruz Celulose S.A. informou ao mercado por meio de fato relevante que as perdas da companhia com operações de câmbio futuro e derivativos podem ter excedido os limites previstos na política financeira aprovada pelo conselho de administração. Segundo o comunicado, “a exposição da Companhia a instrumentos financeiros derivativos denominados “Target Forward” foi fortemente influenciada pela recente instabilidade das cotações do dólar norte-americano, decorrente do momento de grande volatilidade dos mercados mundiais”. A Aracruz não informou valor estimado das perdas, mas informou que vem tomando medidas para reduzir a exposição da companhia e minimizar o impacto das operações de hedge. A companhia contratou uma empresa especializada para apurar o valor de mercado das posições em aberto e do valor total de perdas. A companhia informou ainda que o diretor Financeiro e de Relações com o Investidor apresentou pedido de licença do cargo. De acordo com o comunicado, o caixa da Companhia é, atualmente, de cerca de US$ 500 milhões e “não há indicação de que os ajustes potenciais nos próximos momentos afetarão significativamente o caixa da Companhia”, diz texto.” (http://carteiradeinvestimento.wordpress.com/)
GLOSSÁRIO DE TERMOS
1. O que é mercado futuro?
Mercados futuros: segmento dos mercados de derivativos baseado em operações realizadas em pregão de bolsa, com contratos padronizados por ela autorizados.
2. O que é contrato futuro?
Contratos futuros são acordos nos quais as partes são obrigadas a comprar ou a vender a um preço determinado e estabelecido por elas, determinada quantidade de um ativo, em certa data futura. Esses contratos são padronizados em relação à quantidade e qualidade do ativo, formas de liquidação, garantias, prazos de entrega, dentre outros, e têm negociação apenas em bolsa, sendo possível a liquidação do contrato antes do prazo de vencimento.
3. O que são operações de hedge?
Um hedge serve basicamente para “travar” o preço atual da commodity, a fim de se proteger contra variações futuras. Para compreendermos um hedge, vamos utilizar o seguinte exemplo: é mês de outubro e você é um agricultor que plantou soja. O preço da soja no mercado físico atualmente é de $12.00 dólares por saca, mas você receia que na época da safra o preço estará menor. Vamos supor ainda que as cotações do mercado futuro e do mercado físico sejam iguais e o contrato futuro com vencimento em maio esteja cotado também a $12.00 dólares por saca. Você poderia vender a quantidade de contratos futuros correspondente à sua produção estimada, para compra-los de volta na época da safra, quando chegar a hora de vender a sua produção. Se os preços baixarem na época da safra, as perdas no mercado físico serão compensadas pelos ganhos no mercado futuro. Com os contratos futuros, uma pessoa pode vender primeiro e então comprar mais tarde ou comprar primeiro e vender mais tarde. Independentemente da ordem em que a transação ocorra, quando alguém compra a um preço mais baixo e vende a um preço mais alto, ela tem um lucro com a negociação dos contratos futuros. Ao vender agora com a intenção de comprar de volta mais tarde você passa a ter uma posição de venda no mercado futuro. Uma baixa nos preços resultará em ganhos, porque você terá vendido a um preço mais alto e comprado a um preço mais baixo. Continuando com o nosso exemplo, o que acontecerá se o preço no mercado físico baixar em $1.00 dólar por saca? Embora o valor no mercado físico tenha baixado em $1.00 dólar por saca, a sua posição de venda no mercado futuro terá um ganho de $1.00 dólar por saca. E visto que o ganho de sua posição no mercado futuro é igual à perda no mercado físico, o seu preço líquido de venda continua a $12.00 dólares por saca. E se os preços tivessem subido $1.00 por saca, ao invés de baixar? Uma vez mais, o seu preço líquido de venda seria $12.00 dólares por saca, pois a perda de $1.00 por saca no mercado futuro seria compensada pelo ganho de $1.00 por saca no mercado físico. Note que em ambos os casos, os ganhos e as perdas nas duas posições cancelam uns aos outros. Isto é, quando há um ganho em uma posição de mercado, há uma perda equivalente na outra. Isto explica porque se diz que o “hedge” “trava” um determinado preço.
4. O que é derivativo?
Derivativos é o nome dado à família de mercados em que operações com liquidação futura são implementadas, tornando possível a gestão do risco de preço de diversos ativos.A origem do termo derivativos está associada à idéia de que os preços desses contratos possuem estreita ligação, ou seja, derivam dos preços do ativo subjacente ao contrato. (in: Curso Mercado Derivativos)
5. O que são operações carry trade?
Uma das operações mais comuns , com o intuito de explorar este diferencial, é a operação de carry trade. Nela, um investidor explora o forward premium (definido pela soma da expectativa de variação cambial e do prêmio de risco cambial) de uma moeda em relação a outra. Neste caso, há duas transações em questão. A primeira envolve a venda de moedas que possuem um forward premium, ou seja, moedas nas quais a taxa de câmbio futura é maior do que a taxa de câmbio presente (expectativa de desvalorização). Já a segunda transação envolve a compra de moedas com um forward discount, ou seja, moedas nas quais a taxa de câmbio futura é menor do que a taxa de câmbio presente (expectativa de valorização). Assim, as moedas que possuem um forward premium são aquelas que financiam as moedas com forward discount (”target currencies“). De acordo com a condição de equilíbrio dos mercados financeiros internacionais, a condição de paridade coberta da taxa de juros, o forward premium de uma moeda em relação a outra é igual ao diferencial de taxa de juros entre elas. Portanto, as moedas com baixas taxas de juros estão tipicamente com um forward premium enquanto que moedas com altas taxas de juros estão com um forward discount. Por fim, tomar empréstimos em moedas com baixas taxas de juros e emprestá-las em moedas com altas taxas de juros é equivalente a vender moedas com forward premium e comprar moedas com forward discount.
O ganho da estratégia de carry trade provém do “forward premium puzzle“, que deriva de uma bem conhecida anomalia dos mercados de câmbio internacionais. As evidência empíricas mostram que moedas com um forward premium e que, consequentemente, têm uma baixa taxa de juros, tendem, na prática, a se depreciar e não a se apreciar, como prevê a condição da paridade dos juros descoberta. Da mesmo modo, moedas que tem um forward discount e que, consequentemente, têm altas taxas de juros tendem a se apreciar e não a se depreciar. Desta forma, um investidor que implementa uma operação de carry trade obtém ganhos de duas formas: (i) o diferencial de juros entre duas moedas e (ii) a apreciação da moeda com altas taxas de juros e que foi originalmente comprada com um forward discount.
Assim, mudanças na oferta e na demanda das moedas induzidas pela oportunidade de explorar diferenciais de taxas de juros podem resultar em movimentos persistentes de taxas de juros. A estratégia de carry trade baseada em diferenciais de taxas de juros e forward premium afeta a balança de oferta e demanda das moedas em questão. Esta estratégia tem como conseqüência o aumento da oferta das moedas das “funding currencies” e um excesso de demanda pelas “target currencies”. Portanto, há um reforço na tendência de desvalorização na moeda com baixa taxa de juros e uma tendência à apreciação da moeda com altas taxas de juros. Este mecanismo pode incentivar ainda mais investidores a apostarem nesta estratégia, o que pode amplificar demasiadamente estas tendências.
Uma das operações mais comuns está ligada à tomada de yens japoneses (”funding currency“), devido à baixa taxa de juros naquele país, e a aplicação destes recursos na sobrevalorizada moeda brasileira (neste caso, a “target currency“). Portanto, esta operação tem uma natureza puramente especulativa e, na medida em que mudem os humores do mercado, o resultado pode ser o desmonte destas operações, que pode trazer conseqüências nefastas à taxa de câmbio .Estas podem apenas ser evitadas caso a autoridade monetária empreenda esforços no sentido de evitar tal apreciação com a queda da taxa de juros e a implementação de intervenções mais ativas tanto no mercado à vista quanto no mercado futuro de câmbio.
In: http://desempregozero.org/2007/12/06/apreciacao-do-real-carry-trade-e-intervencao-no-mercado-de-cambio/
6. O que é o mecanismo de ajuste diário ou marcação a mercado?
Uma das características do mercado futuro é o ajuste diário das posições, ou marcação a mercado. Juntamente com a margem de garantia este mecanismo garante o cumprimento do contrato futuro entre as partes. Para se vender um contrato futuro não é necessário depositar todo o valor do contrato, mas apenas a margem de garantia, que atualmente é de $1,148.00 dólares americanos por contrato de 5.000 bushels (exemplo para o mercado de Soja). Ao final de cada pregão diário a câmara de compensação faz o ajuste diário das posições debitando ou creditando a conta de compradores e vendedores, conforme o fechamento do dia. Por exemplo, se alguém comprou um contrato por $5.00 dólares por bushel, e o pregão fechou com a soja cotada a $5.10, a conta do comprador é creditada em $500.00 dólares [5.000 X ($5.10 – $5.00)], e a do vendedor correspondente é debitada na mesma proporção. Se a margem de garantia não for mantida, o comprador ou vendedor recebe uma notificação, por telefone, para depositar os fundos adicionais imediatamente, sob pena de liquidação forçada da posição, ficando ainda responsável por débitos remanescentes, situação esta que é conhecida como margin call.

7. O que são operações estruturadas?

Operações estruturadas: permitem a negociação de estratégias que incluem dois ou mais contratos - futuros e opções - ou uma combinação entre vencimentos destes. Trata-se de estratégias cuja execução se torna bastante complexa caso se opte por negociá-las contrato por contrato, o que se traduz em alto risco operacional. Ao se negociar a estratégia completa por intermédio de uma única apregoação apregoação Ato de pregoar a compra ou venda de bens, ações, ativos, contratos futuros ou de opções.- com os procedimentos de quebra entre os contratos envolvidos realizados automaticamente pela BM&F -, elimina-se esse risco e aumentam-se a liquidez e a eficiência das operações de hedge. Dentre as operações estruturadas estão as de volatilidade de índice de ações, de taxa de câmbio e de taxa de juro, os forward rate agreements e os forward points (por exemplo, a negociação do futuro de taxa de câmbio com diferencial em relação à cotação spot).

A ESTRATÉGIA


Empresas que exportam buscam se proteger da volatilidade cambial através de operações de hedge no mercado futuro. Sua intenção é garantir uma conversão cambial favorável, que garanta lucro na operação. Afastada esta preocupação é possível dedicar mais tempo ao planejamento da produção, ao desenvolvimento de novos produtos, etc.

Assim, uma empresa como a Aracruz que exporta celulose pode buscar proteger-se das oscilações cambiais vendendo contratos de dólar futuro. Imagine a seguinte situação: a empresa exporta hoje o equivalente a US$ 1.000.000,00 e tem um prazo de 360 dias para converter este montante para reais. Se a taxa de câmbio estiver em queda, a espera pode resultar em perdas significativas. Contudo, a manutenção dos recursos por 360 dias aplicados no exterior rende juros que podem anular as perdas com a variação cambial.
Vamos fazer operações em partes e depois juntá-las para verificar estratégias possíveis.

1.Forward Premium
Imagine uma venda de moeda com forward Premium (expectativa de desvalorização) e que esta moeda seja o Iene: vendemos hoje a moeda a uma taxa de R$ 1,80 e no futuro ela valerá, por exemplo, R$ 2,00. Houve ganho ou perdas?

2. Forward Discount
Agora, imagine a compra de uma moeda com forward discount (expectativa de valorização) e que esta moeda seja o Real: compramos hoje a moeda a uma taxa de R$ 1,80 e no futuro ela valerá, por exemplo, R$ 1,60. Houve ganho ou perdas?

3.Carry Trade (especulação)
Agora imagine pegar dinheiro emprestado em Iene a uma taxa de juros de 0,5% a.a. ou mesmo pegar dólares emprestados a 2% a.a. e aplicar este dinheiro em ativos com maior remuneração (e maior risco, naturalmente). Seria possível pegar dez milhões de ienes e convertê-los a uma taxa de 105,35 ienes por dólares, obtendo desta forma US$ 94.921,69. O equivalente em reais seria R$ 161.366,00 a uma taxa de 1,70 por dólares. Agora, imagine aplicar este montante e obter um ganho de 20% totalizando R$ 193.640,00.
Agora vamos fazer a operação de volta: a troca de reais por dólares quando a cotação está caindo (forward Premium) significa a obtenção de mais dólares. Portanto, imagine uma queda de 1,70 para 1,50 por dólares. Isto totalizaria US$ 129.093,00. Se , ao contrário do Real, o Iene estiver se depreciando, a troca de dólares por Ienes resultaria em ganhos associados à oscilação monetária. Assim, se a taxa estiver 113,00 ienes por dólares, a troca dos dólares por ienes resultaria em JPY 14.587.565,50. Como devemos pagar o empréstimo, devolveríamos os dez milhões acrescidos de JPY 50.000,00. Teríamos um ganho de JPY 4.537.565,50!
Em um país com baixas taxas de juros e câmbio flutuante, podemos esperar uma taxa de câmbio futura mais alta decorrente dos fluxos monetários (ou seja, a moeda deste país é forward premium) . Da mesma forma, em um país com taxas de juros elevadas, podemos esperar uma taxa de câmbio futura menor (moeda forward discount). Apesar destas expectativas acerca do futuro, sabemos que a volatilidade é elevada e que portanto é possível realizar perdas ou ganhos. Portanto, estruturar operações no mercado futuro servem para garantir ganhos possíveis.
Para os grandes fundos de investimento, pegar dinheiro emprestado a baixas taxas de juros e aplicar em países com altas taxas de juros já garantiria ganhos bastante atrativos. Mas, considerando que nos países com altas taxas de juros as moedas são “forward discount”, há ganho duplo! O primeiro em relação ao diferencial de juros e o segundo na troca de moedas (na entrada é possível obter mais reais para aplicar e ao sair obter mais dólares!!!) Desta forma, reforça-se a tendência à depreciação das moedas forward Premium e a tendência à apreciação das “forward discount”.

4.Carry trade (investimento)
O custo do financiamento da expansão das atividades produtivas da empresa através da aquisição de máquinas e equipamentos com recursos de terceiros em países onde as taxas de juros são elevadas (seja em função da taxa básica de juros seja em relação aos diferenciais de captação e repasse decorrentes do elevado compulsório) inviabilizam muitos projetos limitando as condições competitivas da empresa. Este é um exemplo em que a política macroeconômica limita a capacidade competitiva das empresas que operam dentro de seus limites territoriais. Mas, a globalização impõe a necessidade de redefinir o mercado relevante para a empresa e, muitas vezes, para manter sua participação no mercado é necessário investir com retornos inferiores à taxa interna de juros. Uma alternativa nestes casos é financiar o investimento tomando recursos no exterior a taxas mais atraentes. A ação descrita acima pode ser utilizada para alavancar recursos necessários à aquisição de maquinas, por exemplo, na Alemanha. Esta é uma operação que envolve muitos riscos: i.uma mudança na política econômica Japonesa pode elevar os juros tornando o financiamento excessivamente caro, ii. O Japão, no caso nosso exemplo, pode optar por um regime cambial fixo e fortemente apreciado impondo perdas significativas a aqueles que contraíram empréstimos em moeda japonesa, iii. A depreciação do Real significa perdas expressivas.

5.Operação estruturada
É possível “estruturar” uma operação na BM&F com o objetivo de garantir ganhos futuros. As operações estruturadas “permitem a negociação de estratégias que incluem dois ou mais contratos - futuros e opções - ou uma combinação entre vencimentos destes. Trata-se de estratégias cuja execução se torna bastante complexa caso se opte por negociá-las contrato por contrato, o que se traduz em alto risco operacional. Ao se negociar a estratégia completa por intermédio de uma única apregoação , elimina-se esse risco e aumentam-se a liquidez e a eficiência das operações de hedge. Dentre as operações estruturadas estão as de volatilidade de índice de ações, de taxa de câmbio e de taxa de juro, os forward rate agreements e os forward points (por exemplo, a negociação do futuro de taxa de câmbio com diferencial em relação à cotação spot). ”.
Para as empresas exportadoras, importaria em essência garantir um “preço mínimo” pelo dólar de forma a garantir lucros na operação. Mas, por que não realizar ganhos financeiros? Para pagamento de empréstimos internacionais, a empresa poderia fazer remessas em dólares.... isso significa que ela pode converter dólares em reais, aplicá-los e novamente convertê-los para dólares com a finalidade de pagar empréstimos externos.... ganhando os diferenciais de juros e risco e ainda na variação cambial.

ATIVO
$
PASSIVO
$
Compra de equipamento em Euro com pagamentos feitos em:
01/01/2008 (30%)
01/04/2008 (30%)
01/07/2008 (40%)
600.000,00 (euros)
180.000,00 (30%)
180.000,00 (30%)
240.000,00 (40%)
Empréstimos em Ienes em 01/01/2008 a taxa anual de 0,5%
100.000.000,00 (ienes)
Primeira Parcela
$262.637,61 (30%) em dólares
Taxa de Cambio Ienes/ Dólares (107,98)
$926.092,12(dólares)

Segunda Parcela
$281.017,33 (30%)


Terceira Parcela
$378.699,13 (40%)


Total
$922.354,07 (100%)







Isto é apenas um exemplo para mostrar a complexidade das informações envolvidas. O pagamento a vista, em 01/01/2008 seria de $ 875,458,70 dólares. Restariam , portanto $ 50.633,42 dólares. Mas, se no período envolvido os dólares fossem aplicados no Brasil a taxas de 0,8 a 1,02% ao mês?
Ao final, restariam $110.621,36 dólares. E esta é apenas uma parte da operação! Há também os critérios de pagamento do empréstimo realizado em ienes como carência, pagamento dos juros e do principal. É possível realizar operações de hedge cambial e de juros! No entanto, mesmo com operações de hedge, o executivo deve estar atento às oscilações no mercado pois o mecanismo de ajuste diário pode levar a prejuízos significativos.....
6.O real significado da palavra Derivativos!
Dissemos acima que a “origem do termo derivativos está associada à idéia de que os preços desses contratos possuem estreita ligação, ou seja, derivam dos preços do ativo subjacente ao contrato”. Portanto, é possível criar um derivativo cujo retorno, prazo e risco sejam o desejado pela empresa estruturando uma operação que combine atuações no mercado spot ( a vista) , no mercado futuro (opções, a termo, forward points, entre outros) e muitas vezes com alavancagem em operações de carry trade (utilizando recursos de terceiros captados em paises com menores taxas de juros).
ATIVO

PASSIVO

Imobilizado
Retorno
Capital Próprio

Ações
Dividendos e Variação nos preços
Empréstimos

Mercado Futuro



Os ganhos associados dependem de obtenção de ganhos no ativo superiores aos pagamentos no passivo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Glossário


Ação
Título negociável, que representa a menor parcela em que se divide o capital de uma sociedade anônima.
Ação ordinária (ON)
Confere ao seu possuidor o direito de eleger a diretoria da empresa. Em contrapartida, seus possuidores somente têm direito à distribuição dos dividendos depois de paga a porcentagem prioritária a que têm direito os portadores das ações preferenciais
Ação preferencial
Ação que oferece a seu detentor prioridade no recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso de capital. Em geral não concede direito a voto em assembléia.
Alavancagem
1.Nível de utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de lucro de uma empresa, aumentando, conseqüente, o grau de risco da operação.
2. Possibilidade de controle de um lote de ações, como o emprego de uma fração de seu valor (nos mercados de opções, termo e futuro), enquanto o aplicador se beneficia da valorização desses papéis, que pode implicar significativa elevação de sua taxa de retorno."
Amortização
Processo de pagamento de empréstimo por meio de reduções programadas do montante inicialmente emprestado.
Ativo
Qualquer bem com valor comercial ou valor de troca, pertencente a uma sociedade, instituição ou pessoa física.
Ativo financeiro
Todo e qualquer título representativo de parte patrimonial ou dívida
BACEN
Sigla para Banco Central do Brasil. O BACEN é um órgão federal que atua como o banqueiro do Governo, responsável por gerir o sistema financeiro, fazendo cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema. Entre suas principais atribuições estão a emissão de moeda, o financiamento da dívida publica, etc.
Balança Comercial
Conta do balanço de pagamentos de um país. O saldo da balança comercial é a diferença entre o volume de exportações e o volume de importações de produtos e serviços realizadas pelo país em determinado período. Quando o valor das exportações supera o das importações, dizemos que há um superávit comercial. No caso contrário, temos um déficit comercial
Balanço de Pagamentos
Demonstrativo das contas externas de um país. Pelo Balanço de Pagamentos ficamos conhecendo de que forma podemos dividir o fluxo de câmbio de um país durante o ano entre as contas comerciais, o serviço da dívida, gastos com fretes e fluxo de capitais como empréstimos e investimentos diretos.
Banco Central do Brasil:
Órgão federal que executa a política monetária do governo, administra as reservas internacionais do País e fiscaliza o Sistema Financeiro Nacional. www.bacen.gov.br
Base Monetária:
Designa a soma do total de dinheiro em poder do público e do dinheiro dos bancos comerciais (soma do dinheiro nos caixas, do dinheiro depositado voluntariamente e compulsoriamente no Banco Central).
BID
Sigla de Banco Interamericano de Desenvolvimento, órgão internacional de ajuda a países subdesenvolvidos e em desenvolvimento na América Latina.
BIRD
Órgão internacional de ajuda a países subdesenvolvidos e em desenvolvimento no Mundo. Também conhecido como Banco Mundial, o BIRD foi criado logo após a 2ª Guerra Mundial para a ajudar a Europa Oriental.
BM&F- Bolsa de Mercadorias e Futuros
Bolsa onde são negociados contratos derivativos de juros, câmbio, bolsa e de mercadorias como boi gordo, ouro e café.
BNDES
Sigla utilizada para designar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Ógão governamental, lhe compete a implementação de políticas de investimentos empresariais de longo prazo
Bolsa de Valores:
Associação civil sem fins lucrativos, cujos objetivos básicos são, entre outros, manter local ou sistema de negociação eletrônico, adequados à realização, entre seus membros, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários; preservar elevados padrões éticos de negociação; e divulgar as operações executadas com rapidez, amplitude.
Bolsa de Valores Organizada
Local em que ocorre a compra e a venda de uma seleta lista de valores mobiliários que geralmente são comercializados em grandes volumes diários. Trata-se de uma instituição com um número limitado de membros (corretores), que podem negociar entre si.
Bolsa em alta
Quando o índice de fechamento de determinado pregão é superior ao índice de fechamento anterior.
Bolsa em baixa:
Quando o índice de fechamento de determinado pregão é inferior ao índice de fechamento anterior.
Bolsa estável
Quando o índice de fechamento de determinado pregão está no mesmo nível do
Índice de fechamento do anterior."
Câmbio, Operação de
Uma operação de câmbio envolve a negociação de moeda estrangeira através da troca da moeda de um país pela de outro. Uma pessoa que pretende viajar para o exterior precisa fazer uma operação de câmbio, trocando seus reais pela moeda do país a ser visitado.
Câmbio Flutuante, Operação de
Realizar a conversão de Reais por dólar no mercado flutuante. Vide dólar flutuante.
Câmbio Negro ou Câmbio paralelo, Operação de
Realizar a conversão de Reais por dólar no mercado paralelo. Vide dólar paralelo.
Capital
É a soma de todos os recursos, bens e valores, mobilizados para a construção de uma empresa.
Capital aberto(companhia de)
Empresa que tem suas ações registradas na Comissão de Valores Mobiliários – CVM e distribuídas entre um determinado número de acionista, que podem ser negociadas em bolsas de valores ou no mercado de balcão
Capital de giro: Capital utilizado pela empresa para financiar sua produção, suas vendas, seu estoque. Ex.: dinheiro utilizado para pagar fornecedores de matéria prima, pagar distribuidores, etc."
Capital de giro
Capital utilizado pela empresa para financiar sua produção, suas vendas, seu estoque. Ex.: dinheiro utilizado para pagar fornecedores de matéria prima, pagar distribuidores, etc.
Capital Especulativo
Diz-se do capital que só procura obter vantagens de uma determinada situação, não trazendo benefícios para a economia ou setor no qual se acha investido
Capital Externo
Capital de origem estrangeira.
Capital fechado (companhia de)
Empresa com capital de propriedade restrita, cujas ações não podem ser negociadas em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
Capitalização
Ampliação do patrimônio, via reinversão de resultados ou captação de recursos, pela emissão de ações.
Carteira de ações : Conjunto de ações de diferentes empresas, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas."
Capital social
Montante de capital de uma sociedade anônima que os acionistas vinculam a seu patrimônio como recursos proprios, destinados ao cumprimento dos objetivos da mesma.
Carência
Período de tempo adotado nos seguros de Vida e Saúde em substituição ao exame médico. Período em que a responsabilidade do segurador, em relação ao contrato de seguro, fica suspensa, a não ser por por morte acidental. Falecendo o segurado de morte natural durante o referido período, sem que seja devida indenização, total ou parcial, os prêmios pagos são restituídos ao beneficiário indicado.
Carteira de ações
Conjunto de ações de diferentes empresas, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas.
Carteira de títulos
Conjunto de títulos de rendas fixa e variável, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas.
Cartel
Grupo de empresas que fazem um acordo para agir coordenadamente, visando seus interesses comuns. O tipo de cartel mais comum é o de empresas que produzem artigos semelhantes e/ou operam em mercados semelhantes.
C-Bond
Um dos Títulos de dívida externa do governo brasileiro com vencimento em 2014, que são usualmente chamados de "Bradies".
Cisão
É o processo de transferência, por uma empresa, de parcelas de seu patrimônio a uma ou mais sociedades, já existentes ou constituídas para esse fim, extinguindo-se a empresa cindida se houver versão de todo o sue patrimônio.
Cofins
Sigla que designa a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Incide sobre o faturamento bruto das empresas.
Comissão de Valores Mobiliários - CVM
Associação civil sem fins lucrativos, que tem a função de representar os interesses das bolsas de valores do País perante as autoridades monetárias e reguladoras do mercado
Comissão Nacional de Bolsas de Valores - CNBV
Associação civil sem fins lucrativos, que tem a função de representar os interesses das bolsas de valores do País perante as autoridades monetárias e reguladoras do mercado.
Comissão Nacional de Bolsas de Valores – CNBV
Associação civil sem fins lucrativo, que tem a função de representar os interesses das bolsas de valores do País perante as autoridades monetárias e reguladoras do mercado.
Commodity
Palavra geralmente utilizada no plural - commodities. Palavra inglesa que significa mercadoria, mas no mercado financeiro é utilizada para indicar um tipo de produto, geralmente agrícola ou mineral, de grande importância econômica internacional porque é amplamente negociado entre importadores e exportadores. Existem bolsas de valores específicas para negociar commodities. Alguns exemplos de commodities seriam: café, algodão, soja, cobre, petróleo.
Compulsório
Parte dos recursos aplicados em depósitos à vista e a prazo que ficam retidos no Banco Central, por determinação do mesmo. "Recolher o compulsório" significa a obrigação que as instituições financeiras têm de depositar no BACEN o percentual por este determinado, sobre o montante de seus depósitos à vista e à prazo. Quando os responsáveis pela política econômica decidem "enxugar o mercado", ou seja, retirar dinheiro de circulação, uma forma bastante comum de fazer isso é aumentar o percentual do recolhimento compulsório.
Concordata
Benefício concedido por lei à empresa insolvente, que não tem condições momentâneas de saldar seus compromissos, para evitar ou suspender a declaração de sua falência, ficando obrigada a liquidar suas dívidas dentro de um prazo estabelecido judicialmente.
Conselho Monetário Nacional
Órgão federal responsável pela formulação da política da moeda e do crédito, e pela orientação, regulamentação e controle de todas as atividades financeiras desenvolvidas no País.
Contrato de Câmbio
Contrato para troca de moedas. O contrato de câmbio entre dólar e real fixa a quantidade de reais que devem ser trocados por uma quantidade de doláres. Empresas exportadoras e importadoras utilizam frequentemente contratos de câmbio, que têm suas regras estabelecidas pelo Banco Central.
Contrato de Opção
É o contrato pelo qual se firma o direito de uma parte comprar ou vender a outra parte, até(ou em) determinada data, uma quantidade de um ativo-objeto a um preço pré-estabelecido.
Contrato Futuro

São contratos padronizados pela BM&F e através dos quais são negociados diferentes ativos financeiros.
Copom
Sigla de Conselho de Política Monetária. Órgão governamental encarregado de formular a política monetária do País.
Cotação
Preço registrado no ato da negociação com títulos em bolsa de valores.
Cotação de abertura
Cotação de um título na primeira operação realizada em um dia de negociação.
Cotação de fechamento
Última cotação de um título em um dia de negociação.
Cotação máxima
A maior cotação atingida por um título no decorrer de um dia de negociação.
Cotação média
Cotação média de um título, constatada no decorrer de um dia de negociação.
Cotação mínima
A menor cotação de um título, constatada no decorrer de um dia de negociação.
Crack
Ocorre quando as cotações das ações declinam velozmente para níveis extremamente baixos.
Cupom
Valor pago periodicamente atrelado a algum título.
Cupom cambial
É a taxa de juros relevante para o investidor estrangeiro. Corresponde à taxa de juros doméstica (Selic) líquida de impostos (de renda, IOF, CPMF), corrigida pela variação esperada na taxa de câmbio
D+
Jargão utilizado no mercado financeiro que expressa o dia da operação e o dia da sua liquidação. D+0= hoje; D+1= amanhã; D+2= depois de amanhã; e assim por diante. Ex.: o cliente enviou um DOC hoje, mas ele será creditado apenas amanhã. O crédito do DOC ocorre em D+1. O "D" significa o dia em que a operação foi comandada ou combinada verbalmente (tal como uma ordem de resgate de um fundo, pelo telefone). O "+ seguido de um número" significa o número de dias necessário para que a instituição financeira efetive realmente a operação. Ex.: as ordens de resgate em fundos de ações ocorrem geralmente em D+3. O investidor ordena o resgate hoje (em "D") e o crédito em sua conta corrente ocorrerá três dias depois, com o valor da cota de "D".
Day-trade
Conjugação de operações de compra e de venda realizadas em um mesmo dia, dos mesmos títulos, para um mesmo comitente, por uma mesma sociedade corretora, liquidadas por meio de um único agente de compensação, cuja liquidação é exclusivamente financeira.
Dealer
São as instituições credenciadas pelo Banco Central a participar dos leilões informais. Os dealers são escolhidos dentre os bancos mais ativos no mercado. Eles têm a responsabilidade de informar os demais bancos sobre o leilão informal. Bancos que falham com essa obrigação são descredenciados pelo BC.
Debênture
Título de dívida de longo prazo emitido ao público por uma empresa de capital aberto.
Debêntures conversíveis em ações
Aquelas que, por opção de seu portador, podem ser convertidas em ações, em épocas e condições predeterminadas
Déficit Comercial
É o valor das importações, que supera ao valor das exportações, de um País.
Déficit fiscal
Ocorre quando os gastos do governo excedem a arrecadação com impostos. O governo é forçado a cobrir esse déficit pegando dinheiro emprestado (aumentando sua dívida) ou imprimindo dinheiro.
Déficit Nominal
Valor que se gasta acima do que se arrecada, durante um certo período de tempo. Ex: quando se declara que "o déficit nominal do Governo no ano foi de R$ 50 Bilhões", significa que as despesas do Governo foram R$ 50 Bilhões acima do valor das receitas.
Déficit Primário
Valor gasto pelo Governo e que excede o valor de sua arrecadação, sem levar em consideração a despesa realizada com o pagamento dos juros da dívida pública.
Déficit Público
Valor que o Governo gasta acima do que arrecada, durante um período de tempo, considerando-se os valores nominais, ou seja, somando a inflação e a correção monetária do período. Geralmente a expressão diz respeito ao Governo Federal, mas pode ser aplicada também a governos estaduais.
Deflação
É a queda do nível geral de preços. O oposto de inflação.
Demanda
Procura por bens e serviços. A expressão "aquecimento da demanda" significa que a procura por determinado bem ou serviço aumentou consideravelmente.
Derivativos
São os valores mobiliários cujos valores e características de negociação estão amarrados aos ativos que lhes servem de referência.
Deságio
Diferença, para menos, entre o valor nominal e o preço de compra de um título de crédito.
Diversificação da Carteira
"Não devemos colocar todos os ovos numa mesma cesta". Este é o príncipio da diversificação da carteira. O administrador diversifica a carteira de investimentos para diminuir o risco, comprando uma variedade de papéis e títulos, de tal forma que o risco associado a cada um desses componentes individuais da carteira é atenuado pelo conjunto.
Dívida de Curto Prazo
Dívidas que terão que ser pagas em um prazo menor do que um ano. A expressão "curto prazo" é genérica, e pode ser usada para períodos que variam de um, dois meses, até um ano, dependendo da situação.
Dívida de Longo Prazo
Dívidas que terão que ser pagas em um prazo superior a um ano. Longo prazo é uma expressão genérica e o período de tempo à qual se refere pode variar muito, dependendo da situação. Ex.: Dívidas de longo prazo de um país, pode significar prazos de cinco ou trinta anos.
Dívida Externa Privada
Dívida das empresas sediadas no Brasil com credores estrangeiros, sejam governos, empresas ou pessoas fora do país.
Dívida Externa Pública
Dívida do governo brasileiro com credores estrangeiros, sejam outros governos, empresas ou pessoas fora do país.
Dívida Interna Pública
Dívida do governo com empresas, bancos e pessoas dentro do país.
Dívida Mobiliária Federal
Dívida do governo federal com empresas, bancos e pessoas dentro do país. Esta modalidade de dívida não é exatamente igual à dívida pública interna, pois está além do governo federal pois contém as dívidas dos estados e municípios.
Dividendo
Valor distribuído aos acionistas, em dinheiro, na proporção da quantidade de ações possuídas. Normalmente, é resultado dos lucros obtidos por uma empresa, no exercício corrente ou em exercícios passados
Dividendos cumulativo: Dividendo que, caso não seja pago em um exercício, se transfere para outro."
Dólar Cabo
Semelhante ao dólar paralelo, com a diferença que o valor é transferido eletronicamente para uma conta corrente no exterior, portanto não ocorrendo nessa transação o manuseio físico das cédulas de dólar.
Dólar Comercial
Taxa de câmbio utilizada nas operações comerciais do país, no pagamento do serviço da dívida externa e nas remessas de dividendos das empresas com sede no exterior.
Dólar Flutuante
Taxa de câmbio utilizada nas principais operações financeiras e na conversão de dólares de residentes.
Dólar Futuro
Cotação esperada pelo mercado financeiro do valor do dólar, no futuro. A idéia básica do dólar futuro é que ao comprá-lo, o investidor esteja garantindo o valor que pagará pelo dólar no futuro, desta forma minimizando seu risco e ficando a salvo das variações do mercado, pois conhece hoje o valor que pagará pelo dólar, no futuro.
Dólar Paralelo
É o valor para comprar ou vender dólar fora dos meios oficiais de conversão, geralmente realizada através de doleiros. Também conhecido como dólar black ou câmbio negro.
Eficiência econômica
Relação entre o valor comercial de um produto e o custo unitário de produção. Portanto, a eficiência econômica aumenta quando aumenta a relação entre o valor um de um produto em relação a seu custo unitário, mantendo-se as qualidades que satisfaçam as normas técnicas.
Endosso
Transferência da propriedade de um título mediante escrita, geralmente feita em seu próprio verso
Equilíbrio do Mercado
Diz-se que um mercado financeiro está em equilíbrio quando os compradores e os vendedores chegam a um consenso quanto aos preços usuais dos ativos transacionados. Para haver um equilíbrio no mercado, a oferta e a procura de um determinado ativo devem ser razoavelmente equivalentes, caso contrário um dos lados ou quer comprar barato (oferta excessiva) ou vender caro (demanda excessiva), levando ao desequilíbrio do mercado.
Especulação
Negociação em mercado com objetivo de ganho, em geral a curto prazo.
EURO
Nome da nova moeda do Mercado Comum Europeu e que entrou em vigor no dia 01/01/99.
Excedente Financeiro
É o resultado apurado, durante o período do benefício do plano de previdência, pela diferença entre a taxa de rentabilidade líquida obtida pela aplicação dos recursos da reserva matemática de benefícios concedidos e a remuneração garantida, nos termos do Regulamento e conforme Nota Técnica Atuaria.
Falência
Condição jurídica decretada através de sentença judicial, pela falta de cumprimento de obrigações assumidas. Pode ser voluntária ou involuntária, como resultado de ações dos credores da empresa, quando esta é declarada insolvente.
Fechamento em alta
Quando o índice de fechamento for inferior ao índice do fechamento do pregão anterior.
Fechamento em baixa
Quando o índice de fechamento for inferior ao índice de fechamento do pregão anterior.
FED
Sigla de Federal Reserve Bank, o Banco Central americano.
FGV-100
Índice elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, que mede o desempenho em bolsa das 100 maiores empresas privadas brasileiras.
Fluxo de Caixa
É o fluxo de entradas e saídas de dinheiro do caixa de uma empresa. Importante medida para se determinar o valor de uma empresa, através do método do fluxo de caixa descontado.
FMI
Sigla de Fundo Monetário Internacional, instituição que congrega 182 países. O FMI tem como finalidade básica emprestar recursos aos países membros que estejam com dificuldades de cumprir com seus pagamentos a outros membros.
Fundo Agressivo
Expressão que normalmente designa fundos de investimento que operam com derivativos. Estes fundos são conhecidos por terem expressivas variações das cotas, por isso são apontados como fundos de maior risco.
Fundo de Derivativos
Fundo composto por ativos primários e também por seus derivativos. São fundos de investimento que apresentam maior risco do que fundos tradicionalmente compostos apenas pelos ativos primários dos derivativos. São mais conhecidos atualmente como fundos genéricos ou livres.
Fundo de pensão
Conjunto de recursos – provenientes de contribuições de empregados e da própria empresa – administrados por uma entidade a ela vinculada, cuja destinação é aplicação em uma carteira diversificada de ações, outros títulos mobiliários e imóveis.
Fundo de Renda Fixa
Muitas vezes usado como sinônimo de Fundo de Investimento Financeiro (FIF). Um fundo de renda fixa pode ter até 49% de sua carteira composta por ações, mas basicamente aplicam em títulos públicos federais, títulos privados (debêntures) e CDBs. Dependendo do enquadramento do fundo, podem usar derivativos para proteção ou para alavancar rentabilidade.
Fundo de Renda Variável
Sinônimo de fundo de ação.
Fundo imobiliário
Fundo investimentos constituído sob a forma de condomínio fechado, cujo patrimônio é destinado a aplicações em empreendimentos mobiliários. As quotas desses fundos, que não podem ser registradas, são registradas na CVM, podendo ser negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão.
Fundo mútuo de ações
Conjunto de recursos administrados por uma distribuidora de valores, sociedade corretora, banco de investimento, que os aplica em uma carteira diversificada de ações, distribuindo os resultados aos cotistas, proporcionalmente a número de quotas possuídas.
Fundo mútuo de investimento em empresas emergentes
Constituído sob a forma de condomínio fechado, é uma comunhão de recursos destinados a aplicação em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão de empresa emergente, a companhia que satisfaça os seguintes parâmetros:
Tenha faturamento líquido• anual inferior ao equivalente a R$ 60 milhões.
Não seja integrante do grupo• de sociedades com patrimônio consolidado maior ou igual a R$ 120 milhões."
Fundo referenciado em Câmbio
Fundos que estão vinculados à variação do dólar, em no mínimo 95% de sua carteira. Este fundo acompanha o comportamento de desvalorização e valorização do dólar comercial.
Fundo referenciado em DI
Fundo cuja carteira é composta por pelo menos 95% de títulos que acompanham a variação do CDI. Estes fundos não podem usar derivativos para alavancar rentabilidade e sim apenas para fazer "hedge". Têm de possuir 80% da carteira aplicada em títulos públicos federais ou títulos privados classificados como de baixo risco de crédito.
Fundos genéricos
São fundos que possuem uma grande liberdade na composição de sua carteira. Podem utilizar derivativos para alvancar rentabilidade e não precisam ter pelo menos 80% da carteira composta por títulos públicos federais ou títulos privados de baixo risco de crédito. São fundos mais agressivos, também conhecidos como livres, obrigando seu administrador a entregar o prospecto e exigir adesão ao regulamento quando da primeira aplicação de um cotista.
Fundos não referenciados
São fundos que não possuem o mínimo exigido de 95% da carteira composta por títulos que acompanhem a variação de um determinado indicador de mercado.
Fundos referenciados
Fundos que seguem a variação de um determinado indicador de mercado (benchmark). Estes fundos, por lei, devem estipular que pelo menos 95% de sua carteira seja composta por ativos que acompanham o indicador de referência.
Holding (empresa)
Aquela que possui, como atividade principal, participação acionária em uma ou mais empresas.
Home broker
É um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as sociedades corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações no mercado acionário, permitindo o envio de ordens de compra e venda de ações pela Internet, e possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento de carteiras de ações, entre vários outros recursos.
IGP-DI/FGV - Índice Geral de Preços
Disponibilidade Interna - Registra o ritmo evolutivo de preços como medida síntese da inflação nacional. Foi criado pela Fundação Getúlio Vargas, sendo calculado ininterruptamente desde 1947. Origina-se de média ponderada do Índice de Preços por Atacado - IPA (60%), do Índice de Preços ao Consumidor - IPC (30%) e do Índice Nacional de Custo da Construção - INCC (10%). É calculado uma vez por mês.
IGP-M/FGV
Índice Geral de Preços - Mercado - O IGP-M é a média ponderada dos números de três indicadores, sendo eles: IPA-M (60%), IPC-M (30%) e INCC-M (10%). É calculado desde maio de 1989 pela Fundação Getúlio Vargas. O IPA-M e INCC-M são pesquisados nas principais capitais do país, enquanto que o IPC-M abrange os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo. Os preços pesquisados pertencem a uma cesta de consumo de famílias com renda de até 33 salários mínimos. Para elaboração do IGP-M, a coleta de preços é realizada entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de referência.
INPC/IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor é uma média ponderada de índices elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para dez regiões metropolitanas brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Belém, Fortaleza e Brasília). O INPC é elaborado sob dois conceitos: o amplo, correspondendo a famílias com renda mensal entre 1 a 30 salários mínimos, e o restrito, correspondendo a famílias com renda entre 1 a 5 salários mínimos.
IPC/FIPE
Índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo. Indica a evolução do custo de vida das famílias paulistanas desde 1939. A partir de 1973, passou a ser elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). O sistema de cálculo da variação quadrissemanal do IPC-FIPE abrange um período de 08 semanas de coleta. As variações são obtidas comparando-se os preços médios das quatro últimas semanas com os das quatro primeiras. A FIPE calcula a cada semana as variações quadrissemanais do IPC para a faixa de renda familiar entre 1 e 20 salários mínimos.
IPCA/IBGE
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é utilizado pelo Banco Central para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, adotado a partir de julho de 1999. Produzido pelo IBGE desde 1980, mede as variações de preços ao consumidor praticados nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Goiânia. O IPCA reflete a variação dos preços das cestas de consumo das famílias com recebimento mensal de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. Trata-se de um índice mensal.
Lance
Preço oferecido em pregão para compra ou venda de um lote de títulos, pelos representantes das sociedades corretoras.
Letra de câmbio
Título de crédito, emitido por sociedades de crédito, financiamento e investimento, utilizado para o financiamento de crédito direto ao consumidor.
Letra imobiliária
Título emitido por sociedades de crédito imobiliário, destinado à captação de recursos para o financiamento de construtores e adquirentes de imóveis.
Liquidez
Maior ou menor facilidade de se negociar um título, convertendo-o em dinheiro.
Lote
Quantidade de títulos de características idênticas.
Lucratividade: Ganho líquido total propiciado por um título. Em bolsa, o lucro líquido proporcionado por uma ação, resultante de sua valorização em pregão em determinado período e do recebimento de proventos – dividendos, bonificações e/ou direitos de subscrição – distribuídos pela empresa emissora, no mesmo intervalo de tempo."
Lucratividade média
Média das várias lucratividades alcançadas por um título em diversos períodos.
Lucro líquido por ação
Ganho por ação obtido durante um determinado período de tempo, calculado por meio da divisão o lucro líquido de uma empresa pelo número existente de ações.
Margem
Montante, fixado pelas bolsas de valores ou caixa de registro e liquidação, a ser depositado em dinheiro, títulos ou valores mobiliários, pelo cliente que efetua uma compra ou uma venda a termo ou a futuro, ou um lançamento a descoberto de opções.
Mega Bolsa
Novo sistema de negociação de BOVESPA, que engloba o pregão viva voz e os terminais remotos, e visa ampliar a capacidade de registro de ofertas e realização de negócios em um ambiente tecnologicamente avançado.
Mercado a termo
Mercado no qual se processam as operações para liquidação diferida, em geral após trinta, sessenta ou noventa dias da data de realização do negócio.
Mercado à vista
Mercado no qual a liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) se processa no 2.º dia útil após a realização do negócio em pregão e a liquidação financeira (pagamento dos títulos pelo comprador) se dá no 3.º dia útil posterior à negociação, somente mediante a efetiva liquidação física.
Mercado de ações
Segmento do mercado de capitais, que compreende a colocação primária em mercado de ações novas emitidas pelas empresas e a negociação secundária (em bolsas de valores e no mercado de balcão) das ações já colocadas em circulação.
Mercado de balcão
Mercado de títulos sem lugar físico determinado para as transações, as quais sõ realizadas por telefone entre instituições financeiras. São negociadas ações de empresas não registradas em bolsa de valores e outras espécies de títulos.
Mercado de balcão organizado
Sistema organizado de negociação de títulos e valores mobiliários de renda variável. Administrado por entidade autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Mercado de capitais
Conjunto de operações de transferência de recursos financeiros de prazo médio, longo ou indefinido, efetuadas entre agentes poupadores e investidores, por meio de intermediários financeiros.
Mercado de operações
Mercado no qual são negociados direitos de compra ou venda de um lote de valores mobiliários, com preços e prazos de exercício preestabelecidos contratualmente. Por esses direitos, o titular de uma opção de compra paga um prêmio, podendo exercê-los até a data de vencimento da mesma ou revendê-los no mercado. O titular de uma opção de venda paga um prêmio e pode exercer sua opção apenas na data do vencimento, ou pode revendê-la no mercado durante o período de validade da opção.
Mercado financeiro
É o mercado voltado para a transferência de recursos entre os agentes econômicos. No mercado financeiro, são efetuadas transações com títulos se prazos médios, longo e indeterminado, geralmente dirigidas ao financiamento dos capitais de giro fixo.
Mercado futuro
Mercado no qual são realizadas operações, envolvendo lotes padronizados de commodities ou ativos financeiros, para liquidação em datas prefixadas.
Mercado primário
É nele que ocorre a colocação de ações ou outros títulos, provenientes de novas emissões. As empresas recorrem recorrem ao mercado primário para completar os recursos de que necessitam, visando ao financiamento de seus projetos de expansão ou seu emprego em outras atividades.
Mercado secundário
No qual ocorre a negociação dos títulos adquiridos no mercado primário, proporcionando a liquidez necessária.
NASDAQ
National Association of Securities Dealers Automated Quotation. Lançada em 1971 a NASDAQ é a principal instituição norte-americana operando no mercado de balcão. É também a primeira bolsa eletrônica conectando diretamente compradores e vendedores. A Nasdaq é conhecida por negociar ações das maiores empresas de tecnologia, como por exemplo a Microsoft, Intel, Dell Computer, Yahoo, Amazon.com, etc. Recentemente, a NASDAQ uniu-se à American Stock Exchange (AMEX), formando o Nasdaq-Amex Market Group.
Negociação direta
Realizada sob normas especiais por um mesmo representante de sociedade corretora para comitentes diversos. Os interessados nessa operação devem preencher o cartão de negociação ou digitar um comando específico – no caso de negociação – indicando que estão atuando como comprador e vendedor ao mesmo tempo.
Negociação por terminais
Em Pregão eletrônico
:
Sistema eletrônico de negociação por terminais, que permite a realização de negócios, por operadores e corretoras credenciados, nos mercados a vista, a termo e de opções, com papéis e horários definidos pela BOVESPA.
Oferta de direitos: Oferta feita por uma empresa a sus acionistas, dando-lhes a oportunidade de comprar novas ações por um preço determinado, em geral abaixo do preço corrente do mercado, e dentro de um prazo relativamente curto."
NIKKEY
Índice da Bolsa de Valores do Japão. Corresponde às ações mais negociadas do mercado japonês.
Oferta pública de compra
Proposta de aquisição, por um determinado preço, de um lote específico de ações, em operação sujeita à interferência.
Oferta pública de venda
Proposta de colocação, para o público, de um determinado número de ações de uma empresa.
Opção
Contrato que envolve o estabelecimento de direitos e obrigações sobre determinados títulos, com prazo e condições preestabelecidos.
Overnight: Operações realizadas no open market por prazo mínio de um dia, restritas às instituições financeiras."
Operação de financiamento
Consiste na compra a vista de um lote de ações e sua venda imediata em um dos mercados a prazo; a diferença entre os dois preços é a remuneração da aplicação pelo prazo do financiamento.
P/L: Índice Preço/Lucro
Quociente da divisão de preço de uma ação no mercado. Assim, o P/L é o número de anos que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de uma ação, pelo recebimento do lucro gerado por uma empresa. Para tanto, torna-se necessário que se condicione essa interpretação à hipótese de que o lucro por ação se manterá constante e será distribuído todos os anos.
Patrimônio líquido
No balanço patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos e resultado de exercícios futuros, representa o patrimônio líquido, que é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios.
Pregão
Sessão durante a qual se efetuam negócios com papéis registrados em uma Bolsa de Valores.
Proventos: Dividendos, bonificações e/ou direitos de subscrição distribuídos, por uma empresa, a seus acionistas."
Prêmio
Preço de negociação, por ação-objeto, de uma opção de compra ou venda.
Put
Opção de venda de ações:
Direito outorgado ao titular de uma opção se, se o desejar, vender ao lançador um lote-padrão de determinada ação, por um preço previamente estipulado na data de vencimento da opção."
Realização de lucro
Ocorre quando o investidor vende seus papéis para embolsar lucros já acumulados.
SND
Sigla para Sistema Nacional de Debêntures.Parte do sistema CETIP e sua função é manter registros e cadastros de todas as debêntures emitidas e negociadas no mercado Sobrevalorização.Termo utilizado para expressar que determinado ativo está valendo mais do que seu valor real.
Sociedade anônima
Empresa que tem o capital dividido em ações, com a responsabilidade de seus acionistas limitada proporcionalmente ao valore de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
Sociedade corretora
Instituição auxiliar do sistema financeiro, que opera no mercado de capitais com títulos e valores mobiliários, em especial no mercado de ações. É a intermediária entre os investidores nas transações em bolsas de valores. Administra carteiras de ações, fundos mútuos e clubes de investimentos, entre outras atribuições.
Sociedade distribuidora
Instituição auxiliar do Sistema Financeiro, que participa do sistema de intermediação de ações e outros títulos no mercado primário, colocando-se à venda para o público.
Split
Elevação do número de ações representantes do capital de uma empresa pelo desdobramento, com a correspondente redução de seu valor nominal.
Spread: Diferencial
Combinação de possíveis compras e vendas de opções sobre a mesma ação-objeto, porém de séries diferentes.
Straddle
Compra ou venda, por um mesmo investidor, de igual número de opções de compra e de venda sobre a mesma ação-objeto, com idênticos preços de exercício e datas de vencimento.
Subscrição
Lançamento de novas ações por uma sociedade anônima, com a finalidade de obter os recursos necessários para investimento .
Taxa de câmbio fixa
As autoridades monetárias de um país determinam o valor de sua moeda em relação a algum padrão comum.
Taxa de câmbio flutuante
A liberação da taxa cambial faz com que o valor das moedas estrangeiras flutuem de acordo com o interesse que despertam no mercado, seguindo a oferta e a procura.
Taxa de crescimento
Variação de um determinado indicador durante um período de tempo. Um dos indicadores mais usados é o PIB: taxa de crescimento do PIB, significando a taxa de crescimento da economia de um país.
Taxa de Custódia
Taxa cobrada pela corretora de valores mobiliários pela manutenção das ações de seus clientes sob sua guarda (responsabilidade).
Taxa de Performance
Taxa percentual cobrada pelos bancos sobre uma parcela da rentabilidade do fundo de investimento, que exceder a variação de um determinado índice previamente estabelecido. Ex.: se a taxa de performance é de 25% sobre o IGP-M, significa que este percentual será cobrado sobre os rendimentos que ultrapassarem a variação do IGP-M no período.
Taxa Efetiva
É a taxa que determina a rentabilidade final de um investimento, indicando o ganho/perda do investidor.
Taxa Interna de Retorno
É um taxa que visa determinar a rentabilidade de um investimento ou projeto.
Taxa Over
É uma metodologia de cálculo para a taxa de juros, utilizada apenas no Brasil, remanescente do período de taxas inflacionárias altas. Atualmente é utilizada como padrão para empréstimos entre bancos.
Títulos da Dívida Externa
O Governo Federal visando obter dinheiro no exterior para financiar sua operação, pode vender títulos da dívida externa a investidores estrangeiros que emprestam seu dinheiro em troca de uma taxa de juros definida. O IDU (interest due unpaid) é um exemplo de um título da dívida externa.
Títulos Estaduais / Municipais
Um Estado/Município querendo captar recursos, visando conseguir dinheiro para seus investimentos, vende títulos estaduais aos investidores que no ato dessa compra estão emprestando seu dinheiro ao Estado/Município, em troca de uma taxa de juros sobre o valor emprestado.
Valor de exercício da opção
Preço de exercício por ação, multiplicado pelo número de ações que compõem o lote-padrão de uma opção.
Valor nominal da ação: Valor mencionado no estatuto social de uma empresa e atribuído a uma ação representativa de seu capital."
Valores mobiliários
Títulos ou ações, papéis.
Valor patrimonial da ação
Resultado da divisão entre o patrimônio líquido e o número de ações da empresa.
Valor Unitário da Ação - VUA
Quociente entre o valor do capital social realizado de uma empresa e o número de ações emitidas.
Variação
Diferença entre os preços de um determinado título em dois instantes considerados.
Venda em margem
Venda, a vista, de ações obtidas por empréstimo, pelo investidor, em uma sociedade corretora que opere em bolsa. É uma modalidade de operação da conta margem.
Volatidade
Indica o grau de variação das cotações de um título em um determinado período.

ORÍGENS

Há quem deseje conhecer os possíveis impactos da crise impulsionados pelo desejo de evitar perdas. Mas a tensão causada pela crise de proporções caóticas parece deixar para segundo plano a necessidade de explicar as origens do fenômeno recente e identificar a necessidade de criação de uma regra monetária internacional.
Os E.U.A. acumulam resultado negativo na Balança Comercial desde 1990.

Fonte: Macrodados

Fonte: Macrodados
Tal resultado só é possível se acompanhado por uma expansão monetária equivalente.
Fonte: Macrodados

Enquanto o Fed logrou êxito em controlar a expansão dos meios de pagamento em seu conceito M1, era inevitável observar o ritmo explosivo dos agregados mais abrangentes e a busca por valorização.
De forma estilizada, o maior parceiro comercial norte americano é a China. Pais que acumulou expressivos valores em reservas internacionais. Enquanto o fluxo de mercadorias favorecia a China, o fluxo financeiro contrabalançava o Balanço de Pagamentos Norte Americano.
As reservas Chinesas concentravam suas aplicações em Treasury Bonds e Mortgage-Backed. Ainda, o Banco do Povo é o maior detentor estrangeiro de ativos emitidos por Fannie Mãe e Freddie Mac[1].
Em 2002, uma ousada operação do Banco do Povo sob pretexto de alterar a composição de suas reservas deu origem à crise que estamos assistindo.


O receio de que a opção Chinesa fosse mimetizada por outros Bancos Centrais, levou o FED a alterar suas taxas de juros de forma a controlar a expansão monetária no curto prazo e manter o valor da moeda.


Várias são as implicações de um aumento nas taxas de juros. Há pouco consenso acerca dos mecanismos de transmissão da oferta monetária[2]. Mas, parece certo supor que em uma economia que registrou em 2002, uma razão crédito/PIB acima de 200%[3] a combinação juros altos e risco moral resultariam seguramente em grandes perdas.

Em síntese, aparentemente a crise atual têm sua origem explicada por uma combinação de ausência de regras monetárias para emissão do meio de troca internacionalmente aceito, e a definição de regras monetárias ótimas cuja justificativa se baseia em metas de crescimento na produção ou de controle inflacionário e que não garantem objetivos globais.

Tendências

Agora que é possível compreender a natureza da crise, talvez possamos entender quais as possibilidades que o futuro nos guarda.
Parece inevitável a ocorrência de perdas globais de forma a acomodar o enorme excedente monetário uma vez que as expectativas de que aumentos no nível de preços foram controladas.
Neste contexto, há necessidade de coordenação de políticas monetárias de forma a evitar maiores prejuízos. Mas como fazê-lo em ambiente de elevada volatilidade? Ainda, não podemos desconhecer o fato de que a crise alcança não apenas as instituições do sistema financeiro que atendem ao público, mas também os Bancos Centrais. Estes acumulam perdas associadas à variação cambial, queda nos preços dos ativos e por socorrer instituições através de operações de redesconto e similares. Desta forma, mesmo aqueles que pensam não ter relação com os eventos atuais, pagarão parte das perdas em função da socialização tributária necessária para cobrir prejuízos do Banco Central.
[1] The Wall Street Journal, July 11 , 2008
[2] Blinder, Alan.
[3] Iedi, , Carta n. 116.

Só US$700.000.000.000,00?!!!!!



"Right now, our focus is restoring the strength of our financial system so it can again finance economic growth. The financial security of all Americans – their retirement savings, their home values, their ability to borrow for college, ...”
Paulson (Secretário do Tesouro)


O Presidente Bush solicitou na última semana uma autorização do Congresso para utilizar a soma acima na compra de ativos podres como forma de conter uma crise sistêmica[1].
A ação de contenção só faz sentido se rememorarmos os eventos recentes: Freddie Mac e Fannie Mae[2] e Lehman Bank[3]. Somam bilhões de dólares em perdas para americanos e investidores estrangeiros. Dentre estes, alguns bancos internacionais.
Seguramente, a crise reflete a ausência de regulação. E, com esta, a responsabilidade do Estado-Nação responsável pela oferta monetária do meio de troca aceito mundialmente.
A falência de Instituições Norte Americanas arrasta consigo mercados em todos os continentes. Na tentativa de minimizar perdas e honrar compromissos, talvez adiando o inadiável, grandes fundos resgatam suas aplicações derrubando preços de títulos, ações e fazendo oscilar fortemente taxas de câmbio.
Trata-se, portanto, não apenas de uma ação de contenção da crise para evitar seu impacto sobre o mercado doméstico. Mais do que isso, é uma tentativa de restringir a crise ao mercado nacional, absorvendo seu impacto com recursos do Tesouro.
Esta opção se explica se compreendermos a independência do Federal Reserve e as possibilidades de ação da Casa Branca. Há algum tempo o Banco Central Americano, vem fazendo operações de redesconto com taxas não punitivas para tentar amenizar a crise. Quando um banco central realiza operações deste tipo, ele está aumentando seu ativo e, conseqüentemente seu passivo monetário. Em outras palavras, há aumento na base monetária. Por maior que sejam os questionamentos em torno da Teoria Quantitativa da Moeda[4], há consenso acerca da equação de trocas[5]. O aumento contínuo na base monetária, quando não acompanhada por um aumento proporcional na quantidade de bens e serviços produzidos implica em aumento no nível de preços e/ ou uma substancial redução na velocidade de circulação da moeda, normalmente acompanhada de uma redução na taxa de juros.
Esta seria uma opção possível.
A escolha em utilizar recursos do Tesouro se explica em primeiro lugar pelo desenho Institucional Norte Americano. Ao presidente dos Estados Unidos não é possível definir a forma de atuar do Federal Reserve. Impotente acerca da definição da Política Monetária adequada ao momento, a Casa Branca pode e recorreu ao Congresso, solicitando utilizar recursos do tesouro no montante de US$ 700 bilhões de dólares para adquirir os ativos chamados “podres” [6]. Enquanto a fonte de recursos do Fed é, em última instância a emissão monetária, a fonte do Tesouro é a receita tributária. Poderíamos estar falando portanto, da utilização de recursos orçamentários que poderiam ser destinados ao Sistema de Saúde, a gastos militares, a despesas na área de Educação. Contudo, desde o segundo trimestre de 2001, o governo americano não gera superávit em suas contas. Somente no ano de 2007 a necessidade de financiamento totalizou US$ 1.597,5 bilhões de dólares e para os dois primeiros trimestres do ano de 2008 foram de US$ 1.376,6.

Receitas e Gastos Correntes do Governo

Fonte: Bureau of Economic Analisys


Trata-se, portanto, de um aumento nas necessidades líquidas de captação do Tesouro que devem ampliar a dívida interna que alcança a cifra assustadora de US$ 9 trilhões, setecentos e vinte e sete bilhões de dólares.

Fonte: www.treasurydirect.gov

Isto ocorre em cenário pré eleições, onde os candidatos Republicano e Democrata defendem uma política fiscal expansionista com cortes tributários[7]. Se implementadas, e não acompanhadas por aumentos no nível de atividade, devemos nos perguntar, quem estará financiando o desequilíbrio orçamentário nas contas públicas norte-americanas ou ainda, quem financiará a expansão no endividamento público? Mais do que isso, como tornar real a intenção do Secretário do Tesouro e voltar a financiar o crescimento na ausência de fundamentos macroeconômicos mais sólidos?

[1] Crise Sistêmica: Reflete a idéia de uma crise associada a um sistema, no caso o Sistema Financeiro.
[2] Apenas estas duas empresas são responsáveis por US$ 5,3 trilhões em financiamentos.
[3] Quarto maior banco norte americano.
[4] A teoria quantitativa da moeda estabelece uma relação de causa e efeito transformando a equação de trocas, esta definicional, em M.V = P. Y. Onde, o lado direito da equação corresponde ao produto nominal bruto , Y denota o produto real, e o lado esquerdo da equação representa o produto do estoque monetário pela velocidade renda de circulação da moeda. De acordo com a teoria, tanto o produto real quanto a velocidade renda tendem a ser estáveis no curto prazo. Portanto, aumentos no estoque monetário levam a aumentos no nível de preços.
[5] M.V = P.Q
[6] Chamamos de ativos podres aqueles em que há baixa probabilidade de resgate integral do valor aplicado.
[7] A proposta Republicana está em cortar Taxas Corporativas tornando setores produtivos mais competitivos e a proposta Democrata defende cortes tributários para pessoas físicas, ampliando sua capacidade de consumo.