O Brasil se prepara para receber a visita do presidente Obama neste mês de março. A escolha do Brasil aponta para a importância e o interesse norte americano em obter o apoio brasileiro em negociações internacionais, bem como em ampliar negócios com nosso país. Segundo o Financial Times, o governo americano busca se aproximar do Brasil para formar uma frente contra a desvalorização da moeda chinesa. Essa é uma questão crucial para os Estados Unidos. Atualmente, o déficit comercial Americano alcança a casa de 40 bilhões de dólares (Fonte: Macrodados). No balanço de pagamentos registramos as transações econômicas entre residentes do país e não residentes. Já na balança comercial, que é apenas uma parte do balanço de pagamentos, registramos apenas as transações com mercadorias tangíveis ou palpáveis. Um déficit implica em exportações menores que importações. O déficit pode acontecer por vários motivos. O aumento no PIB (Produto Interno Bruto) normalmente vem acompanhado de aumentos nas importações. Mais matérias primas, energia e outros bens são necessários ao aumento da produção. Também o déficit pode significar uma perda da competitividade dos produtos nacionais. A elevada carga tributária, salários médios mais elevados, tecnologia defasada são fatores que ajudam a diminuir a competitividade. Por fim, a taxa de cambio nominal , que é o preço de uma moeda medido em termos de outra moeda, também pode estimular importações ou exportações.
Uma moeda desvalorizada é uma moeda barata. Se é fácil comprar a moeda de outro país, pode ser bastante barato comprar os produtos dele também. Essa tem sido a estratégia de crescimento adotada pela China. Ao tornar seus produtos baratos, a China conquista mercados, aumenta sua produção e gera empregos!
Mas, a competitividade Chinesa implicou em um déficit comercial para os Estados Unidos e um problema a resolver. Na opinião americana, os Chineses devem escolher valorizar sua moeda.
Para o Brasil, o que interessa?
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