Matéria publicada hoje no jornal Valor Econômico afirma que Bancos estão mantendo posição comprada em dólares. Isso aponta para uma expectativa de desvalorização do real e valorização do dólar.
Por que trabalhar com esta expectativa se o dólar vem caindo constantemente a ponto de provocar divergências nas declarações da Presidente da República e seu Ministro da Economia acerca da necessidade de controlar a valorização do real?
Bem, o que parece estar na mira dos Bancos é a percepção de que já é tarde para ocorrer um acordo entre Democratas e Republicanos sobre o teto da dívida dos EUA. Assim, a proximidade de 02 de agosto e a dificuldade de construção de um acordo no Congresso Americano sinalizam para uma elevação dos juros nos Estados Unidos. Explicarei melhor. No Brasil, a elevação dos juros não ocorre com agilidade. É necessário realizar uma reunião do Conselho de Política Monetária (COPOM) para decidir nova meta de juros. Desta forma, a elevação dos juros americanos ocorrerá de forma unilateral (não será acompanhada por uma elevação da taxa brasileira com a mesma velocidade). Com juros mais elevados fora do Brasil, os agentes econômicos tendem a rever suas aplicações e, os mais aversos a risco, provavelmente buscarão ativos externos agora com melhor remuneração. Com isso, uma saída de capitais deverá ocorrer provocando uma desvalorização do real.
Bem, resta aguardar e ver o tamanho desta desvalorização! Para o bem de quem passou as férias gastando no cartão de crédito, vamos torcer para ser pequena...e, para o bem da indústria brasileira e de nossos empregos, vamos torcer para que dure bastante!
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