
O transporte marítimo é responsável por 90% do transporte de mercadorias (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior- Secretaria de Comércio Exterior- Operadores de Transporte Multimodais, p. 05), daí a necessidade de chamar atenção para os problemas que envolvem este modal de transporte.
Hoje o Brasil possui 82 portos e terminais segundo a Antaq (Anuário Estatístico Portuário 2007, http://www.antaq.gov.br/Portal/Anuarios/Portuario2007/Index.htm), sob regime de concessão a governos estaduais, concessão a entidades privadas, delegação a governos estaduais e municipais, autorização a governo estadual, administrados por empresas vinculadas ao ministério dos transportes e por fim, terminais de uso privativo.
Os portos brasileiros, com excessão aos terminais de uso privado, sofrem com atrasos tecnológicos, burocracia e ineficiência administrativa, para citar alguns dos principais problemas. Esta situação reflete na produtividade portuária, aumentando o tempo de espera dos navios para atracagem, e aumentando o custo na movimentação de mercadorias.
Na visita feita à China, no ano passado, conhecemos o Porto de Tianjin. Tianjin fica a 170 km de Beijing. Lembra um pouco Santos e São Paulo. Há um trem bala que liga as duas cidades. É possível estar em Beijing em apenas 20 minutos.
O porto de Tianjin é bastante antigo. Mas, recentemente, os Chineses decidiram ampliar o porto fazendo uma dragagem. A exemplo do que foi feito em Dubai, os Chineses avançaram 44 km para dentro do mar permitindo que os navios aportem em ambos os lados do "braço" estendido. É considerado o maior porto criado por mãos humanas no mundo!
O que mais me chamou a atenção foi o destino dado à imensa área entre os dois lados do "braço" criado e não a ampliação da capacidade de aportar navios. Entre esses dois lados não está a administração do porto. Foram criados lotes e, nestes, fábricas! Isso mesmo. É quase como se as fábricas enfiassem o pé no container e o empurrassem para dentro dos navios! Sem custos! Encurtaram o tempo entre fabricar e embarcar e, de quebra, economizaram com combustíveis, estradas, caminhões, etc...
Deu para entender que não é apenas a taxa de câmbio que explica a competitividade chinesa?????
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